sexta-feira, 3 de maio de 2013

Qual é a minha função no mundo? Para que vim e o que eu faço com relação à essa minha passagem?
Já se perguntou, alguma vez, por que estamos aqui?
Pois bem, não acredito que viemos ao mundo a passeio, pelo contrário, tenho coceiras a cada vez que penso que a minha passagem por aqui tem algum fundamento.
O mundo não precisa de mim, muito pelo contrário, minha participação nele é nula, destrutiva e insignificante... Apenas habito a Terra, tenho como propriedade um documento, revogável, que me diz ser dono do espaço onde habito, do chão que piso e de direitos, nada direitos por sinal.
Mas é assim mesmo, nascemos, crescemos e envelhecemos sem saber qual o motivo de nossa passagem pela Terra. Porém, ao menos na infância, ainda conseguimos compreender algumas das razões da nossa existência, mas essa compreensão se perde tão repentinamente, que mal conseguimos articular nossas ideias para a concretização daquilo que seriam os nossos sonhos...
Acho que o pior momento da vida de um homem- ser humano- é a passagem da infância para a padronização... Nesse processo perdemos a inocência, a fé absoluta, a mobilidade, a rebeldia e a liberdade de sonhar... O homem, em sua imposição de espécie, deixa de ser criatura, passa a mecanizado e programado, sintético e uniforme... Nossa passagem pela Terra não nos dá sentido de passeio, não nos dá sentido de missão... Nossa passagem pela Terra é apenas uma passagem, da qual ignora-se a Terra, a única que nos quis presente, a única que nos favorece a existência e nos cobra apenas a missão de estar, de participar, de construir e desfrutar...
Cabe a mim essa descoberta, um sentido para a minha existência... embora seja caracterizada como mais uma crença, como mais um dogma, é a minha realidade atual... Pensar, buscar e tentar... Pois a única certeza que tenho é a de que, por algum motivo, eu estive aqui...

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