segunda-feira, 6 de maio de 2013

Viver... Qual é o tamanho da vida? Não em dias, em anos, em momentos temporais... Mas qual é a dimensão do viver? Não há um exato contexto que justifique o viver, há padrões, fracionamentos de uma verdade que recebemos aos pedaços, cada qual com sua parcela... Talvez as ideologias surjam da leitura dessas parcelas, cada qual impondo a sua pequena quantidade de verdades como se fosse única.

Não sei se sabemos muito da vida, para falar a verdade, creio que, cada vez mais, nos distanciamos da verdade absoluta... Seguimos dogmas que nos são impostos, adotamos ideologias e buscamos defender a tese de que, nossa sabedoria é única e que deve ser seguida por outros... Muito pouco deixamos acrescentar, muito pouco deixamos desagregar.

Dentro desse padrão, creio eu, buscamos eliminar parcelas que não condizem com a nossa realidade particular... Buscamos mostrar a nossa sabedoria e nos contrariamos quando nos vemos errados... Muitas vezes, nem ao menos aceitamos o nosso erro, carregamos a sua defesa até as últimas consequências, até que sejamos vitimados por nós mesmos.

O maior predador do homem é o próprio homem, aquele que defende as suas verdades fundamentado em verdade de outros indivíduos, aquele que não observa, que não julga, que não se submete à dúvida. Aquele que defende seus ideais e que, guardadas as suas certezas e dúvidas, apenas recebe as parcelas do produto da sua construção.

O homem não aprendeu a sabedoria, apenas acredita nas verdades que lhe consola... Sua crença está ligada às suas vontades, àquilo que escolhe como verdade... A engenharia da vida é fantástica, tão simples e tão complexa que desenha caminhos diversos, caminhos nos quais nos predemos quando resolvemos descobrir os "porquês"... 

Mas por que? se temos em várias ideologias um mesmo sentido, se temos em várias vontades um mesmo destino, se temos em várias verdades uma verdade única... A de que nada sabemos... Somos como elementos soltos, positivos e negativos em atração... Vezes circulamos desconexos, sem saber onde nos unir... vezes nos unimos e formamos matéria, mas sem a compreensão de como formar a vida. Somos resíduos de transformações iniciais, somos letras de um alfabeto em busca de uma linguagem ainda não escrita...

Somos palavras, ainda sem tradução... 


 





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